Geral
A lagarta-marrom ou Lagarta preta da soja, (Spodoptera cosmioides) é um dos principais insetos-praga de diversas culturas agrícolas no Brasil. É uma espécie polífaga, que ataca as culturas da soja (Glycine max), berinjela (Solanum melongena), pimenta (Capsicum spp.) entre outras.
Aparência e ciclo de vida da Lagarta marrom
Os ovos são de cor esverdeada-clara, agrupados de forma irregular, são postos em duas ou três camadas e recobertos por escamas e pelos para proteção dos mesmos. As larvas são polífagas e culturas irrigadas possibilitam maior tempo de sobrevivência da praga. No algodoeiro sua incidência dá-se a partir da fase inicial da emissão de botões florais e durante o florescimento. Alimenta-se de botões florais, frutos, vagens e grãos, propiciando a instalação de microrganismos patogênicos as plantas. A temperatura ideal para seu desenvolvimento varia de 22 a 30 °C. No início do desenvolvimento possuem corpo com coloração marrom, cabeça preta, apresentam três linhas longitudinais de coloração alaranjada e triângulos pretos voltados para o dorso do inseto. Ao decorrer do desenvolvimento, tornam-se pardas e nota-se uma faixa mais escura entre o 3° par de pernas torácicas e o 1° par de falsas-pernas abdominais. As pupas glabras são encontradas no solo, abrigadas dentro de um envoltório pouco elaborado, possuem coloração castanha, medem em torno de 15 a 30 mm de comprimento e largura entre 4 e 5 mm. Os adultos medem, aproximadamente, 40 mm de envergadura. As fêmeas possuem coloração parda com desenhos brancos nas asas anteriores e as asas posteriores são brancas. Os machos tem as asas anteriores amareladas com desenhos escuros. O padrão de asas do inseto é considerado fator de diferenciação sexual entre machos e fêmeas.
Sintomas e danos
Causam desfolha, perfuração dos botões florais e dos frutos, danificação das vagens e grãos acarretando na redução da produtividade.