Categoria: Notícias
Data de publicação: agosto 10, 2021

Entrevista - Ela é do Agro

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Aretuza Negri viu nas mídias sociais uma forma de ficar mais próxima de sua grande paixão: o agronegócio. Após anos atuando nas áreas social e jurídica, resolveu dar uma guinada na carreira e, em 2017, criou o “Ela é do Agro”. O perfil no Instagram, que hoje conta com mais de 34 mil seguidores, foi idealizado para gerar conexões e falar de agro sob uma visão feminina. Com público diversificado e de todas as regiões do país, o “Ela é do Agro” se tornou referência em eventos do setor em todo país.

A agroinfluencer piracicabana é Embaixadora do Prêmio Mulheres do Agro e divulgadora e entusiasta do AgTech Valley (Vale do Piracicaba). Confira um pouco da sua história:

BioJournal - Como surgiu a ideia do Ela é do Agro?

Aretuza - A ideia do perfil surgiu pensando em ampliar meu networking. Na época, já fazia muito uso do LinkedIn, porém percebi que jovens e mulheres estavam ganhando cada vez mais espaço no agro, e pensando nesses dois públicos busquei pelas mídias sociais onde estavam mais ativos. Optei pelo Instagram e em pouco tempo o perfil “Ela é do Agro”, já estava sendo mencionado como referência quando o assunto era universo digital.

BioJournal - Como foi sua trajetória até aqui?

Aretuza - Faz três anos e meio que atuo neste braço da comunicação agro, e apesar de pouco tempo, foi uma trajetória muito rica, de muito valor agregado. Me trouxe muitas percepções em relação à comunicação.

BioJournal - Como é ser uma agroinfluencer?

Aretuza - Um desafio diário e exige muita maturidade e responsabilidade. Muitas pessoas acreditam que esse tipo de profissional no agro é algo muito raso e que se resume em postar foto bonita e abrir presentes. Mas o agronegócio exige muito mais. Temos que trazer informações com base em dados e que sejam significativos não somente para quem está dentro da porteira, mas para o antes e o fora também, ou seja, temos que falar sobre o agro e não somente para o agro. E para que a gente consiga realizar um bom trabalho é necessário um bom entendimento e relacionamento com mídias on e offline.

BioJournal - Foi difícil conquistar seu espaço?

Aretuza - Ser uma agroinfluencer nunca foi a intenção, mas foi consequência de uma produção de conteúdo relevante para um determinado público. O perfil nasceu em um momento em que quase não se ouvia falar influenciadores digitais, enquanto profissionais atuando no agro, então foi um pouco mais fácil por conta de ser uma das pioneiras, além de ter nascido e crescido nesse universo. Mas o setor é gigante, tem muito para ser falado, acredito que exista espaço para todos aqueles que abraçam um propósito e criam seus conteúdos com base nele.

BioJournal - Qual a importância do Vale do Piracicaba na sua carreira?

Aretuza - Eu digo para todos o Vale do Piracicaba, foi o berço para a mulher do agro que me tornei. Foi aqui que tive contato com um agro inovador, tecnológico, disruptivo e com pessoas que fizeram eu pensar "fora da caixa". Dentro do Vale a gente observa, entende e aprende sobre o agronegócio enquanto uma cadeia formada por três elos, cada qual com sua importância e que se um deles se rompe, desestabiliza todo processo.

BioJournal - Quais os planos daqui para frente?

Aretuza - Eu acho bem difícil falar de planos. Eu costumo deixar meu barco ir conforme a maré. Mas a situação que estamos enfrentando me fez pensar o quanto a sociedade ainda precisa saber sobre o agronegócio. Minha meta é trazer isso para o perfil, um conteúdo que seja mais educativo do que um discurso de defesa, que seja um conteúdo compartilhável e que o consumidor final entenda e desperte o interesse pelo que acontece antes e dentro da porteira.

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