


Geral
O percevejo marrom Euschistus heros é uma praga‑chave da cultura de soja (Glycine max) em várias regiões do Brasil, principalmente nas de clima quente. Predominante nas lavouras de soja no Estado de Mato Grosso, esse inseto pode ocasionar danos irreversíveis à cultura, pois, para se alimentar, suga diretamente os grãos de soja, o que acarreta redução na produção e na qualidade das sementes. Os prejuízos resultam da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens, podendo causar prejuízos de até 30% do potencial produtivo. Também injetam toxinas, provocando a "retenção foliar". O percevejo-marrom pode se alimentar de várias plantas, incluindo espécies de leguminosas, solanáceas, brassicáceas e compostas.
Aparência e ciclo de vida do Percevejo-marrom-da-soja
Os ovos possuem coloração amarela e sua postura é feita em fileira dupla de ovos normalmente com 5 a 8 ovos. As ninfas são de cor marrom ou cinza, inicialmente medem em torno de 1 mm de comprimento e atinge cerca de 4 mm de comprimento. O adulto possui cor marrom escura e abdome verde, apresenta uma meia-lua branca no final do escutelo, mede 11 mm de comprimento, tem expansões laterais do pronoto (dorso) em forma de espinhos pontiagudos.
Aparência e ciclo de vida do Percevejo-marrom-da-soja
Sintomas e danos
Os adultos possuem longevidade de 116 dias. Os ovos são postos principalmente nas folhas ou nas vagens da cultura. Climas quentes favorecem seu desenvolvimento. As ninfas permanecem nos ovos até completarem o segundo ínstar. A duração do ciclo biológico do patógeno de ovo a adulto é em média 29 dias a 25ºC. O tipo de alimentação da fêmea adulta vai interferir em seu desempenho reprodutivo.
Atingem as sementes através da introdução do aparelho bucal nos legumes, tornando-os chochos e enrugados, afetando, consequentemente, a produção e a qualidade dos grãos. Podem, ainda, abrir caminho para doenças fúngicas e causar distúrbios fisiológicos, como a retenção foliar da soja. Os principais sintomas são produção limitada devido a sucção de seiva dos ramos, hastes e vagens, provavelmente, devido à toxinas que injetam. Vagens marrons e murchas. Queda e apodrecimento das estruturas florais e frutos.
No controle biológico podem ser usados os parasitoides de Telenomus podisi.