Categoria: Notícias
Data de publicação: outubro 27, 2022

Datagro Abertura de Safra - Soja, Milho e Algodão 2022/23 abordou mercado de biológicos em painel sobre insumos

O evento Datagro Abertura de Safra Grãos - Soja, Milho e Algodão trouxe, pelo terceiro ano consecutivo, informações e dados sobre a safra 2022/23 e perspectivas para os próximos anos com temas como economia mundial e brasileira, mercado de insumos, biocombustíveis, complexo da carne e tendências para a produção, consumo e comercialização de grãos e fibras para os próximos 10 anos. O encontro aconteceu no dia 29 de agosto, no Hotel Renaissance, em São Paulo (SP).

A Abertura de Safra teve a apresentação da Koppert, líder no Brasil e no mundo em controle biológico. O diretor comercial da empresa, Gustavo Herrmann, foi um dos palestrantes do painel “Mercado de insumos para a safra 2022/23 – soja, milho e algodão – sementes, calcário, fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas”, com representantes da CropLife Brasil, Anda (Associação Nacional de Difusão de Adubos) e Abracal (Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola).

Durante o painel, o aumento dos custos e problemas de oferta, principalmente de fertilizantes, foram o foco das discussões. Segundo Herrmann, os bioinsumos, por serem predominantemente produzidos no Brasil (90% da produção), apresentam menor flutuação de preços que os químicos e são comercializados em reais. “Ao utilizar os insumos biológicos, o produtor brasileiro consegue ter uma melhor previsibilidade de seus gastos, mantendo assim suas margens mesmo com o aumento geral de custos.”

Além disso, os defensivos biológicos geram um ambiente supressivo para as pragas e doenças agrícolas, reduzindo a necessidade do uso calendarizado dos insumos químicos. “A aplicação dos biodefensivos também auxilia na obtenção de créditos de carbono, fazendo com que a pegada de carbono do produtor fique negativa. No setor de etanol, onde já existe o RenovaBio, pode intensificar o acesso aos Cbios”, explicou Herrmann.

Os inoculantes biológicos também são aliados na redução de custos, além de promoverem maior produtividade. Isso porque esses bioinsumos diminuem o uso dos fertilizantes tradicionais, promovendo a fixação biológica do nitrogênio e outros nutrientes no solo. “Cerca de 25% dos produtores de soja do Brasil já utilizam o Azospirillum em suas lavouras”, disse o diretor comercial.

Foram indicados ainda os fatores que têm afetado as cadeias produtivas como: pandemia de Covid-19, conflito no Leste Europeu e problemas climáticos. Os produtores tiveram suas margens de lucros reduzidas, além disso, esse cenário escancarou a alta dependência do Brasil no que diz respeito aos fertilizantes e defensivos químicos - mais de 80% dos fertilizantes e 76% dos defensivos (princípio ativo) são importados.