A busca por alternativas que reduzam os impactos negativos sobre o meio ambiente tem se intensificado nos últimos anos.
No campo agrícola, isso significa encontrar formas de produzir alimentos de maneira mais sustentável e responsável.
Neste contexto, a utilização do controle biológico vem ganhando força como uma ferramenta essencial para aumentar a resistência ambiental.
Segundo o biólogo e pesquisador da Embrapa, Sérgio Abud, "se o inseto se alimenta de uma planta do nosso interesse econômico e causa dano, ele é considerado uma praga. Se o inseto estiver na natureza e não estiver causando dano econômico, ele não é considerado praga". Desta forma, o controle biológico visa lidar com esses insetos-praga de maneira mais natural.
É importante destacar que, por conta das condições climáticas, os produtores devem estar atentos às populações de insetos-praga. Como afirmou Abud: "o manejo integrado de pragas é o uso de todas as técnicas possíveis para baixar a população do inseto-praga". Além disso, o controle biológico também conta com inimigos naturais das pragas, que "coexistem com esses organismos desde que o mundo é mundo", ressalta Abud.
Em outras palavras, o controle biológico é "usar a natureza a favor da natureza". Isso significa que, em vez de recorrer às técnicas tradicionais e agressivas para o controle de pragas, como o uso em larga escala de inseticidas, as alternativas naturais em conjunto com o uso coerente e racional de químicos ajudam a garantir a proteção das culturas sem prejudicar o ambiente.
Desta forma, podemos alcançar a "resistência ambiental" e contribuir para uma agricultura mais sustentável para o nosso planeta.