Categoria: Notícias
Data de publicação: dezembro 21, 2021

Comercialização de biológicos cresce 37% na safra 2020/21

Na safra 2020/21, a comercialização de insumos biológicos movimentou R$ 1,7 bilhão no país, um aumento de 37% na comparação com o ciclo anterior, segundo levantamento feito pela Spark Inteligência Estratégica. Apesar do aumento, o segmento ainda representa apenas 3% do mercado total de produtos utilizados pelos produtores para a proteção de cultivos. Mas o forte ritmo de crescimento em biológicos, da ordem de 40% ao ano, vem ocorrendo ao menos desde 2018.   Os defensivos químicos, ainda dominantes, movimentaram R$ 52 bilhões na safra 2020/21, com aumento de 15% em relação ao ciclo anterior.

“A necessidade de o produtor aplicar defensivos agrícolas com diferentes modos de ação, químicos e biológicos, para conter a resistência de fungos e pragas a determinados ingredientes ativos, favorece igualmente o aumento da participação dos bioinsumos”, disse André Dias, sócio diretor da Spark.

O forte crescimento contínuo da demanda por produtos biológicos indica a consolidação do uso dessas soluções como ferramentas de manejo pelo produtor. Os dois nichos que formam o segmento (biodefensivos e bioinoculantes) movimentaram mais vendas entre um ciclo produtivo e outro. Do total das vendas do segmento de biológicos, os biodefensivos, usados para o controle de doenças e pragas, responderam por R$ 1,3 bilhão, o destaque foram os bionematicidas (R$ 724 milhões), seguidos por bioinseticidas (R$ 417 milhões) e biofungicidas (R$ 159 milhões), indica o estudo.

Por culturas, os biodefensivos trataram 7,9 milhões de hectares de soja (21% das lavouras). Em cana, o levantamento registrou o uso em 4.5 milhões de hectares (50% da área total); em algodão, esses produtos foram utilizados em 67% das lavouras, ou 857.000 hectares; e, por fi m, no milho safrinha, foram aplicados em 13% da área, ou 1.89 milhão de hectares. O estudo indica, ainda, que a adesão “saltou” no milho safrinha, de 5% para 13% da área, e também no algodão, com avanço de 28% para 67% da área, entre as safras 2019/20 e 20/2021.  

Ainda segundo a Spark, os biológicos também foram opção utilizada por produtores de feijão (145.000 hectares, ou 19% da área), café (102.000 hectares, 5% da área), milho verão (144.000 hectares, ou 4% das lavouras), tomate (7.700 hectares, ou 22% da área) e batata (6.100 hectares, ou 7% do espaço total). Os bioinoculantes, por sua vez, movimentaram R$393 milhões.

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