Categoria: Notícias
Data de publicação: dezembro 05, 2019

Biotecnologia é a principal área do conhecimento que o AgTech Valley tem a oferecer

Biotecnologia é a principal área do conhecimento que o AgTech Valley tem a oferecer

Entrevista: Sergio Marcus Barbosa - Gerente Executivo da EsalqTec

(Incubadora Tecnológica da Esalq/USP)

Lançado em meados de 2016, o conceito do Vale do Piracicaba (AgTech Valley), se expandiu consideravelmente pela cidade e hoje agrega o mais representativo ecossistema das startups do agronegócio brasileiro. Tendo como agentes principais a Esalqtec – Incubadora Tecnológica da Esalq/USP, o Pulse/Raízen, o AgTech Garage, o Parque Tecnológico de Piracicaba, o Sebrae/SP e a Coplacana, o ecossistema já concentra mais de 50 agtechs, além de aceleradoras, incubadoras e fundos de investimento.


O Vale também está ligado a grandes empresas do setor instaladas na região de Piracicaba e a centros de ensino e pesquisa, o que faz dele o principal centro motor da inovação no agro nacional.


Biojournal - O que é e como surgiu o AgTech Valley?

Sergio - O Vale do Piracicaba (nomenclatura que eu prefiro) ou AgTech Valley é a denominação do nosso ecossistema tecnológico com foco em tecnologia para a agricultura. Em 2015, durante o prêmio Empreendetec (outubro), mencionei pela primeira vez para o público presente que Piracicaba poderia ser considerada como o Vale do Silício no Brasil na tecnologia para a agricultura. No mesmo ano, foi articulado com algumas pessoas para o engajamento da campanha de lançamento do Vale, que veio a se consolidar oficialmente em maio de 2016.


Biojournal – Quais os principais eventos e atores desse ecossistema?

Sergio - O Agtech Day que acontece duas vezes ao ano e está em sua oitava edição, realizada em novembro de 2019 e o Esalq Show, que este ano aconteceu pela terceira vez, em outubro.


Como é um ecossistema colaborativo, os atores são diversos com destaque para:

Esalq/USP, EsalcTec, Prefeitura de Piracicaba, Pecege, Apla, Avance, Coplacana, Atepi, Sebrae, Ipef, Pulse, Parque Tecnológico de Piracicaba, Imaflora e AgTech Garage.


Biojournal – Qual a importância para o agronegócio?

Sergio - Quando se discute sobre a “nova agricultura”, a sustentabilidade é a palavra-chave. O nosso ecossistema reúne atores importantes na geração de conhecimento e inovação tecnológica, com vários ambientes de inovação atuando em fornecer apoio para empresas e empreendedores que atuam ou pretendem atuar no agronegócio brasileiro, um setor

fundamental para a economia do país.


Biojournal - Quantas agtechs o vale congrega hoje?

Sergio - Sinceramente não me preocupo com números, mas sim com a qualidade do ecossistema, refletida nos diversos ambientes de geração de conhecimento e inovação, que atraem agtechs do Brasil e do mundo.


Estudo recente feito pela Embrapa e SP Ventures colocava Piracicaba como a segunda em número de agtechs no Brasil, perdendo apenas para São Paulo (SP).


Biojournal – Qual a importância da biotecnologia nesse cenário?

Sergio - Acredito que a biotecnologia seja a principal área de conhecimento e potencial que o Vale do Piracicaba tem a oferecer. A história do controle biológico e outras contribuições relacionadas com a genética na agricultura começaram aqui, com pesquisadores da Esalq/USP e empresas do setor.


Biojournal – Como deve ser dar a expansão desse ecossistema?

Sergio - De forma natural. Nos baseamos no modelo do Vale do Silício (EUA), as iniciativas empreendedoras ocorreram e devem ocorrer de forma espontânea, com o governo local sendo um facilitador e desenvolvedor de políticas públicas. A iniciativa privada é que deve liderar este processo de expansão, oferecendo oportunidades e gerando riqueza para o município.

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