Hypothenemus hampei

Broca do café

Geral

Dentre as principais pragas da cafeicultura mundial, está a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae), considerada uma das mais importantes espécies. Esta praga é originaria da África Central e foi introduzida no Brasil em 1913, sendo encontrada em praticamente todas as regiões produtoras. No Brasil, as perdas provocadas por esse inseto em lavouras de café foram estimadas entre 215 a 358 milhões de dólares por ano.

Aparência e ciclo de vida da Broca do café

H. hampei tem como adulto um besourinho preto luzido, de corpo cilíndrico e ligeiramente recurvado para a região posterior. Os élitros são revestidos de cerdas e escamas piriformes características. Os machos são menores, tendo o seu corpo um comprimento médio de 1,24 milímetros enquanto que o das fêmeas é de 1,74 milímetros. Além do tamanho, o macho distingue-se facilmente da fêmea por apresentar vestígios de asas membranosas, motivo pelo qual é incapaz de voar. De um modo geral, pode se considerar que a disseminação da praga ocorre por meio de vôos de curta a longa distância da fêmea, transporte passivo (animais, veículos, pessoas, vento, etc.) e por café comercializado. Esta praga apresenta algumas particularidades quanto aos aspectos bioecológicos e comportamentais tornando difícil seu controle. São fatores que contribuem para isso: a sua natureza críptica, ficando dentro da semente de café a maior parte de seu ciclo de vida; seu ciclo multivoltino, podendo ocorrer de quatro a sete gerações por ano; sendo a razão sexual atípica de 10:1 de fêmeas em relação a machos; e também o fato de as fêmeas apresentarem uma alta longevidade que pode ser superior a 150 dias. A cópula ocorre entre os irmãos que nasceram no interior do fruto e somente as fêmeas adultas acasaladas da broca-do-café são capazes de abandonar o fruto para iniciar novas infestações, sendo chamadas de fêmeas colonizadoras. Esse processo de abandono é iniciado quando fatores ambientais favoráveis, como aumento de temperatura e umidade relativa do ar superior a 90% ocorrem, especialmente após as chuvas e a condição de luz, que estimulam o surgimento de fêmeas colonizadoras.

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