"A gente se sente extremamente satisfeito em contribuir com a sustentabilidade da agricultura", afirma o diretor-geral do IAC, Marcos Landell. O episódio que abre a 2ª temporada do nosso Koppert Biotalks é extremamente relevante por diversos motivos, mas vou me ater a dois deles. O primeiro é compartilhar com vocês toda a história do Programa Cana IAC, que completou 30 anos em 2024 e é liderado por Marcos Landell, entrevistado que esteve conosco no estúdio. A segunda razão é o fato de o biológico fazer parte da história da cana-de-açúcar há tanto tempo. Marcos Landell nos explicou que o Instituto Agronômico de Campinas começou a trabalhar com cana-de-açúcar em 1933. A partir desta data, o IAC criou um departamento de cana-de-açúcar e iniciou uma série de trabalhos, inclusive com a introdução de variedades de outras regiões do mundo, que naquela ocasião estavam mais adiantadas em relação ao Brasil.
Então, vieram para cá exemplares da Índia e dos Estados Unidos, por exemplo. Mas foi há exatos 30 anos que surgiu o Programa Cana IAC, liderado por Marcos Landell e colegas do Instituto, apoiado pelo setor privado, usinas, associações e cooperativas. "Hoje trabalhamos em 11 estados do Brasil com cerca de 200 empresas desenvolvendo tecnologias junto ao Instituto", afirma Landell. Nas últimas décadas, houve a expansão da cana-de-açúcar no Centro-Sul do país. Então, houve a necessidade de ter um raio-X sobre os solos, o desempenho hídrico desses novos locais, ter disponíveis ao mercado variedades mais resistentes à seca, entre outros fatores que iriam interferir na performance do plantio. "Em 2018 finalizamos a 1ª variedade que desenvolvemos integralmente no Norte de Goiás que foi a IACCTC07-8008. Com essa cana, a produtividade chegou a 35% mais de produtividade que as boas variedades da época apresentavam, comparadas às três melhores da região na época", explicou Landell.
Promover e proteger o plantio de cana-de-açúcar com o uso de biológicos, afastando as pragas e doenças já é uma realidade de quem atua no setor sucroenergético. Os produtores encontram um pacote tecnológico ideal e sustentável para as safras que impulsionam uma melhor produtividade. "Hoje a Koppert tem 4 tecnologias já difundidas no Brasil todo. Duas com foco na proteção do canavial e duas com foco na promoção do desenvolvimento", destacou o gerente de marketing Koppert para a cana-de-açúcar, Leonardo Pereira. Segundo o gerente de marketing para a área, o setor vem de um período interessante de 4 ou 5 safras onde o açúcar tem remunerado muito bem. "Essa boa remuneração veio acompanhada de investimento na lavoura", afirmou o gerente.
O setor canavieiro também já encontrou nos biológicos respostas positivas e ótimos desempenhos para as lavouras. "O manejo biológico para cana já existe há muito tempo e se a gente olhar 80% já são bionematicidas", informou Leonardo Pereira. Os especialistas do clima estimam o retorno do fenômeno La Niña para este ano e, de acordo com Pereira, é então o retorno da normalidade para o setor de cana.
Neste ano, a Koppert deve lançar 2 tecnologias para apresentar ao mercado de cana-de-açúcar. Vamos acompanhar as novidades e aproveitar para assistir e ouvir os episódios.
Por: Renata Maron