Sclerotium rolfsii

Podridão do colo

Geral

O mofo cinzento ou podridão-do-colo é uma doença causada pelo fungo Sclerotium rolfsii, este é um importante fitopatógeno habitante de solo, sendo responsável por podridão de raízes e do colo, murcha e tombamento de plântulas. Apresenta extensa gama de hospedeiros, cerca de 500 espécies botânicas, incluindo dicotiledôneas e monocotiledôneas, distribuindo-se em todas as regiões agrícolas, com predominância nas zonas tropical e subtropical, onde predominam condições de alta umidade e temperatura elevada seguida de períodos de seca. Primeiramente observado em tomate na Florida em 1892, tem sido regularmente reportado causando podridão na raiz e colo da planta em tomate. Perdas significativas ocorrem em solos infestados pelo patógeno e que apresentam textura leve e umidade próxima à capacidade de campo. No sul dos EUA as perdas podem atingir 5 % da produção anual. No Brasil, desconhecesse a magnitude destas perdas. A infecção das plantas pelo fungo em qualquer estádio do seu desenvolvimento compromete seriamente a produção. Na Região Centro-Oeste, este fungo participa eventualmente do complexo de podridões radicular sendo sua presença mais notória no final do ciclo deste complexo.

Ciclo de vida da Podridão do colo

O fungo Sclerotium rolfsii caracteriza-se pela produção de micélio vigoroso e grampos de conexão nas hifas O micélio quando jovem é branco e tornando-se escuro posteriormente. Os escleródios são numerosos, arredondados e seu diâmetro varia de 0,4 a 2 mm. Sua dispersão é realizada normalmente por água, implementos agrícolas e sementes contaminadas. A condições favorável para desenvolvimento do patógeno é de temperaturas entre 25 e 30ºC, umidade relativa maior do que 90% e pH do solo abaixo de 6. A faixa de pH ideal para a germinação está entre 2,6 e 4,4, mas pode ocorrer entre 2,6 e 7,7. Solos muito úmidos favorecem o desenvolvimento do fungo. Na forma anamórfica não produz esporos nem frutificação, apresentando somente hifas. Além disso, a germinação é induzida pela presença de compostos voláteis que emanam de restos de cultura no solo, material orgânico sem efeito supressivo, uma vez que o fungo necessita crescer saprofiticamente sobre substrato orgânico antes de atuar como patógeno. Os ferimentos favorecem o hospedeiro, mas pode invadi-lo por penetração direta, geralmente, próximo à superfície do colo Em condições favoráveis, os escleródios podem germinar sob duas formas, a micelial ou eruptiva, causando infecção nas plantas. Os escleródios podem sobreviver no solo por no mínimo um ano. A fase teleomórfica corresponde ao basidiomiceto Athelia rolfsii, mas este é raramente observado. Os corpos de frutificação são assexuais e esporos ausentes, formando escleródios escuros, marrons ou pretos, globosos ou irregulares e compactos. Os escleródios são estrutura de resistência acarretando em longevidade de mais de cinco anos no solo, em ambiente seco. Tanto os escleródios quanto o micélio são fonte de inoculo, pois o fungo pode sobreviver saprofiticamente em restos culturais na forma de micélio, que posteriormente formam os escleródios.

Como prevenir o Podridão-do-colo

Os métodos de controle do Podridão-do-colo, por serem limitados, devem ser tomados em conjunto para se tornarem mais eficientes.

  • Impedir a entrada do patógeno
  • Uso de sementes sadias, certificadas, de procedências conhecidas
  • Limpeza minuciosa dos implementos agrícolas
  • Evitar condições ambientais que favoreçam o desenvolvimento do patógeno
  • Manejo de irrigação
  • Densidade de plantas e hábitos de crescimento
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